O PE aprovou hoje, com 343 votos a favor, 19 contra e 57 abstenções, uma resolução baseada num relatório de Emilio MENÉNDEZ del VALLE (PSE, E) sobre a "Paz e Dignidade no Médio Oriente", em que pede uma saída pacífica e digna para a grave situação vivida no Médio Oriente. Felicitando os membros do Quarteto (ONU, UE, EUA e Rússia)pela publicação do Roteiro para a Paz e pelo Plano de Paz para o conflito israelo-palestiniano, o PE lamenta, no entanto, a falta de progressos e convida ambas as partes ao diálogo.
A Autoridade Nacional Palestiniana é exortada a assegurar um apoio inequívoco ao novo governo encarregado de reorganizar as forças de segurança, de restabelecer a ordem pública e de providenciar pelo desmantelamento das organizações terroristas, executando as reformas anunciadas e realizando eleições livres. O Governo israelita é convidado a retirar o exército dos territórios autónomos, a pôr termo aos assassinatos selectivos e a cessar toda e qualquer actividade de colonização, bem como a construção do muro de segurança. De acordo com a resolução aprovada, não pode haver uma solução militar para o conflito no Médio Oriente; o Quarteto e, especialmente, a UE e os EUA devem exercer todo o seu peso para dar início ao processo de paz. O PE manifesta solidariedade com o grupo de pilotos da Força Aérea de Israel que declarou recusar participar em missões aéreas susceptíveis de pôr em perigo as vidas de civis na margem ocidental e na faixa de Gaza.
A resolução inclui propostas para a paz, dignidade e segurança, como bases para um futuro melhor no Médio Oriente. De acordo com uma das alterações aprovadas, as autoridades israelitas devem levantar imediatamente o bloqueio às acções humanitárias nos territórios ocupados, devendo pôr termo à violação do princípio da neutralidade médica, que permite ao pessoal médico palestiniano desempenhar plenamente as suas funções. Finalmente, o PE recorda que o Presidente Yaser Arafat foi eleito democraticamente em Janeiro de 1996, em eleições consideradas transparentes pelos observadores internacionais, incluindo os da UE; lamenta, no entanto, a falta de apoio ao novo Primeiro-Ministro, o que o levou a apresentar a demissão.