O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou: "[...] as pessoas podem viajar sem problemas entre os 24 países do espaço Schengen sem controlos nas fronteiras terrestres e marítimas internas - de Portugal à Polónia e da Grécia à Finlândia. Gostaria de felicitar os nove novos membros de Schengen, a Presidência portuguesa e todos os Estados-Membros da UE pelos esforços que envidaram. Juntos, pudemos ultrapassar os controlos nas fronteiras, enquanto barreiras artificiais à paz, à liberdade e à unidade na Europa, ao mesmo tempo que criámos as condições para uma maior segurança".
O Vice-Presidente Franco Frattini, responsável pelo pelouro da Liberdade, Segurança e Justiça, declarou: "Um espaço de 24 países sem fronteiras internas é um feito histórico sem precedentes. Sinto-me muito orgulhoso e considero um privilégio ter participado na sua concretização. Entrar no espaço Schengen não é tarefa fácil e reconheço os enormes esforços envidados por estes Estados-Membros, que instituíram sistemas de segurança de ponta nas suas fronteiras. O alargamento do espaço Schengen demonstra o empenhamento da UE em facilitar as viagens legítimas na e para a UE, reforçando ao mesmo tempo a segurança das nossas fronteiras externas e, consequentemente, a segurança de todos os cidadãos da UE".
Na sequência do alargamento, todos os cidadãos do espaço Schengen alargado passarão a viajar com maior rapidez e facilidade. A partir de 21 de Dezembro, será possível viajar da Península Ibérica aos Estados bálticos e da Grécia à Finlândia sem controlos nas fronteiras. Trata-se de um símbolo de uma Europa unida e sublinha o direito básico dos cidadãos europeus à livre circulação.
Será mais fácil para as famílias, parentes e amigos que vivem dos dois lados das fronteiras visitar-se. As eternas filas de espera nos pontos de passagem nas fronteiras (muito frequentados) deixarão de existir. As regiões fronteiriças desenvolver-se-ão paralelamente, já que passará a ser mais fácil viajar de uma região para outra. Prevê-se um aumento do turismo, facto que terá repercussões positivas para as infra-estruturas. Os anteriores alargamentos dão deste facto provas suficientes: por exemplo, na fronteira Salzburgo/Berchtesgaden os cidadãos tiram partido das infra-estruturas existentes dos dois lados da fronteira, nomeadamente um vasto centro comercial no lado austríaco e um grande centro de saúde e manutenção física no lado alemão.
A supressão dos controlos nas fronteiras internas constitui também uma prova de confiança mútua entre os Estados-Membros. É através de um processo rigoroso de avaliação pelos pares que os Estados-Membros asseguram que cada país membro tem capacidade para vigiar as fronteiras externas em nome de todos os outros e para emitir vistos válidos para todo o espaço Schengen. Os novos Estados-Membros trabalharam incansavelmente para melhorar a gestão do controlo das fronteiras externas, a política de vistos, a protecção de dados e a cooperação policial. A sua conexão ao Sistema de Informação de Schengen – no qual são partilhadas informações sobre pessoas procuradas, desaparecidas ou cuja entrada é proibida e sobre bens perdidos ou roubados - foi assegurada antes de a sua participação ter sido aceite. Em Novembro, os Ministros da Justiça e Assuntos Internos concluíram que todos os países candidatos preenchiam os critérios relativos ao acervo de Schengen. Tal realização não teria sido possível sem solidariedade financeira. O mecanismo financeiro Schengen, que proporcionou quase mil milhões de euros, permitiu aos novos países membros fazer face, nomeadamente, ao desafio da instauração de controlos fronteiriços eficazes e de se tornarem parceiros de pleno direito do espaço Schengen.
Os controlos nas fronteiras externas não sofrerão alterações, já que os novos Estados-Membros da UE aplicam o acervo de Schengen relativo às fronteiras externas desde a sua adesão. A única diferença consiste em que também passarão a controlar os nacionais de países terceiros no Sistema de Informação de Schengen (SIS). O acesso ao SIS pelas forças policiais de ambos os lados das fronteiras aumentará e reforçará a segurança nas mesmas.
Para os viajantes de boa-fé, as viagens numa UE alargada passarão a ser mais rápidas e fáceis. Os nacionais de países terceiros poderão viajar com um visto Schengen e deixarão de precisar de vários vistos nacionais.
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