Ref. :  000002782
Date :  2002-02-05
langue :  Portugais
Page d'accueil / Ensemble du site
fr / es / de / po / en

Globalização solidária, anti-globalização ou desglobalização?


A estratégia política e a semântica sobre o que é o movimento caracterizado pela mídia como anti-globalização foram um dos principais eixos de debate da conferência "Organismos internacionais e arquitetura do poder mundial", realizada na manhã do dia 4, dentro do eixo "Poder político e ética na nova sociedade". Participaram como conferencistas Walden Bello, representante do instituto Focus on the Global South, da Tailândia, e professor da Universidade das Filipinas, Roberto Bissio, do Social Watch, Uruguai; Susan George, do Attac França; Peter Wahl, da WEED, Alemanha, e Aurélio Viana, da Rede Brasil. O animador da conferência foi Teivo Teivainen, da Network Institute for Global Democratization (NIGD), da Finlândia.

Globalização solidária, globalização alternativa, antiglobalização. São vários os termos utilizados. Walden Bello propôs a "desglobalização", com a reorientação da economia mundial e a opção do mercado interno em vez do externo. "Não permitindo que as decisões sejam definidas pelo mercado, mas que sejam reforçadas na produção, com destaque para as formas cooperativadas e para a subsidiaridade", apontou Bello.

Segundo Teivo Teivainen, o mais importante é o diálogo crítico entre aqueles que compartilham as mesmas aspirações democráticas. "Estamos enfrentando aqueles que defendem o sistema atual". Teivainen defendeu que é importante também falar sobre como aplicar princípios democráticos em estruturas multilaterais internacionais.


Regras legítimas

"Queremos regras legítimas, não ausência de regras. As propostas têm que sair de leis internacionais, que surgem de leis de direitos humanos, econômicos, sociais, culturais e ambientais", explicou Susan George, do Attac França. Para ela, o que o movimento tenta fazer é criar uma nova ordem mundial: "uma nova sociedade de sociedades diversas. Devemos formar alianças nacionais fortes e enfatizar os pontos em que concordamos".

Para Roberto Bissio, o princípio organizador global fundamenal é a Declaração dos Direitos Humanos, que é universal e foi aceita pelos governos do mundo. "É preciso lembrar que a delcaração diz 'Nós, os povos das nações unidas' e não 'Nós, os governantes do mundo'". O segundo princípio que deve organizar o movimento é o da subsidiaridade (CHECAR): "as decisões devem ser tomadas o mais próximo do povo possível", enfatiza.

Bissio destacou que organismos internacionais precisam desse subsídio. "Quando os países não cumprem os acordos sobre direitos humanos não há grandes problemas, mas quando descumprem tratados comerciais as retaliações são imediatas. Os direitos dos capitais não foram acompanhados de obrigações e nem de direitos dos trabalhadores".

Realizar uma campanha em cada país pela ratificação da Corte Penal Internacional e produzir conhecimento e informação qualificada sobre as propostas que existem para um outro mundo possível são dois pontos principais em que se é preciso avançar, de acordo com Bissio.


Instituições multilaterais e institutos globais

O brasileiro Aurélio Viana, da Rede Brasil, destacou que é muito fácil falar de combate à pobreza quando não se toca no assunto sistemas econômicos e sistema de poder econômico. E isso é o que tem acontecido hoje quando Colin Powell ou os participantes do Fórum Econômico Mundial falam de globalização solidária. Para ele, "é preciso fortalecer o nacional e o local, mas também avançar na atuação direta nos sistemas internacionais existentes: o sistema ONU e o sistema de Bretton Woods (FMI, Banco Mundial e bancos regionais)". Entretanto, Viana destaca que é impossível atuar globalmente com um Estado-Nação fraco. "A participação nesses fóruns somente ocorre por meio de governos nacionais". Segundo Viana, os países poderiam ter uma atuação mais forte nos bancos regionais de desenvolvimento, onde não existe um desequilíbrio de poder tão grande como o que ocorre no Banco Mundial, por exemplo.

Peter Wahl, representante da WEED (órgão ligado à economia, ecologia e desenvolvimento mundial), disse que é preciso restringer os institutos globais, definindo o que deve ser regional e local. "Não acredito num tribunal global. Também é uma impossibilidade democrática ter um parlamento mundial ou um Estado global. O que queremos é promover a globalização da igualdade, da justiça, dos direitos humanos, econômicos, políticos e sociais".

Susan George acrescentou que "é preciso democratizar o estado, já que é a única forma de atuar em nível internacional. Não é possível um parlamento mundial quando metade dos países do mundo vive em ditaduras".


Notez ce document
 
 
 
Moyenne des 33 opinions 
Note 2.27 / 4 MoyenMoyenMoyenMoyen
Du même auteur :
 flecheCommuniqué à propos de l'assassinat de Chokri Belaid
 flecheForum Social de l’Asie du Sud (18 - 22 novembre2011, Dhaka - Bengladesh)
 flecheForum Social Mondial 2011 (6-11 février 2011, Dakar - Sénégal) - Note conceptuelle
 flecheSaint Jacques de Compostelle, 27 jours pour la Culture de la Paix (4-30 décembre 2010, Espagne)
 flecheDakar lance une consultation publique sur les axes thématique pour l’édition 2011
 flecheSociété civile mondiale se réunira au Klimaforum 09 au cours de la Conférence sur le Climat de l'ONU
 flecheTout sur la mise en place du FSM en 2010
 flecheDetroit prévoit recevoir 20 milliers de militants des organisations et des mouvements sociaux au Forum Social USA
 flecheLa commémoration des 10 années commence à Porto Alegre - FSM 2010
 flecheMobilisation Indigène
 flecheForum Social Mondial 2009 (27 janvier - 1er février 2009, Belém, Brésil)
 flecheLa consultation portant sur les objectifs d’action du FSM 2009 a commencé
 flecheTextes Généraux – Débat Stratégique
 flecheII Fórum Social Nordestino (2 a 5 de agosto de 2007, Salvador / Bahia - Brasil)
 flecheA cidadania dos EUA abraça o FSM
 flecheThe Contribution of the U.S. Social Forum: a reply to Whitaker and Bello’s debate on the Open Space
 flecheUnited States Social Forum
 flechePrograma Completo del FSM 2007
 flecheKaribu al FSM Nairobi 2007!
 flecheFSM 2007 : Inscriptions en ligne
 flecheSéminaire international de stratégies des mouvements sociaux
 flecheII Forum Social de la Triple Frontière se déroulera au Paraguay
 flecheLa date du FSM 2007 a déjà été fixée : du 20 au 25 de janvier!
 flechePrès de 30 000 personnes ont participé au FSM 2006 de Karachi
 flecheLa date du FSM 2007 a déjà été fixée : du 20 au 25 de janvier
 flecheFSM 2006 polycentrique Karachi (Pakistan)
 flecheFSM 2006 polycentrique Amériques et le II FSA
 flecheFSM 2006 - Polycentrique
 flecheFSM 2006 polycentrique Karachi est différé
 flecheThèmes du FSM 2006 policentrique
 flecheLes inscription pour le FSM 2006 sont ouvertes!
 flecheResoluciones de la consulta de Asia sobre el Foro Social Mundial 2006
 flecheForum social mondial - Cérémonie de clôture
 flecheFSM 2005 - Ouverture
 flecheFSM 2005 – Camp de la Jeunesse 2
 flecheJosé Saramago, Prêmio Nobel da Paz, fala sobre os rumos do FSM
 flecheSaúde, Militarização e Insegurança - Exposição durante o FSM
 flecheTout sur le Forum Social Mondial 2005
 flecheLes nouveautés du cinquième Forum social mondial II
 flecheEntrevista exclusiva com o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Perez Esquivel
 flecheL’eau est un des sujets de débat au FSM 2005
 flecheForum Social Mondial
 flecheA água é um dos temas em destaque nas atividades do Fórum Social Mundial 2005
 flechePovos indígenas da América Latina mostram sua cultura ancestral e debatem suas questões atuais no FSM 2005
 flecheO Puxirum, encontro de populações indígenas que acontece na quinta edição do FSM
 flecheLes organisations réalisent une assemblée contre la ZLEA
 flecheEconomia Solidária movimenta R$ 2 milhões
 flecheA participação da economia solidária no quinto FSM
 flecheCassen, Bernard
 flecheLes nouveautés du cinquième Forum social mondial
 flecheFSM 2005: a nova metodologia
 flecheLancement du Forum Social Mondial 2005
 flecheClôture des inscriptions d’activité pour le F.S.M. 2004
 flecheLancement du Forum Social Mondial en Inde et du Forum social européen
 flecheFSM 2004: cap sur l’Inde
 flecheClôture du FSM
 flecheTodos os números do Fórum Social Mundial 2003

 flecheFórum Social Mundial 2004 será na Índia
 flecheLancement du Forum Social Mondial 2003
 flecheOs rumos da globalização e da democracia
 flecheA fome como produto do neoliberalismo
 flecheAtivismo contra a privatização da água e para seu uso sustentável
 flecheA valorização das manifestações culturais como alternativa à globalização
 flecheConférence sur le sujet du Travail
 flecheConférence sur le commerce mondial
 flecheLes conférenciers discutent du rôle de l'OMC
 flecheUn ministre français découvre le budget participatif du RS
 flecheConférenciers s´opposent aux lois des brevets
 flecheManifiesto - Un mundo sostenible es posible!
 flecheLa preparation du Forum Social Mondial 2002 avance
 flecheDe olho em Davos
 flecheEmir Sader fala sobre a oposição entre Davos e Porto Alegre
 flecheProposition du comité d'organisation
13
RECHERCHE
Mots-clés   go
dans 
Traduire cette page Traduire par Google Translate
Partager

Share on Facebook
FACEBOOK
Partager sur Twitter
TWITTER
Share on Google+Google + Share on LinkedInLinkedIn
Partager sur MessengerMessenger Partager sur BloggerBlogger