De acordo com uma nota divulgada pelo Departamento, o Brasil – juntamente com Camboja, Índia, Indonésia, México, Moldávia, Serra Leoa e Tanzânia – “enfrenta desafios significativos com tráfico humano, e eles se mostraram receptivos à cooperação contra o tráfico”.
O dinheiro será usado por agências dos Estados Unidos no exterior e também por organizações não-governamentais, concentrando-se no combate à escravidão sexual – que, segundo o governo americano, é a categoria de tráfico que mais está crescendo.
Em um relatório sobre tráfico humano divulgado no mês passado, os Estados Unidos colocaram o Brasil na “categoria dois” em relação ao problema – onde foram agrupados países que ainda não atingiram padrões mínimos de combate ao tráfico de pessoas, embora tenham sido observados esforços do governo nesse sentido.
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O relatório diz que há 75 mil mulheres e jovens brasileiras trabalhando como prostitutas na Europa, além de outras cinco mil espalhadas por países da América Latina.
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O Brasil iniciou no ano passado uma estratégia de combate ao tráfico humano por meio de programas estaduais contra o problema nos Estados do Ceará, São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro – locais caracterizados como rota de tráfico.
No mês de maio, o Ministério da Justiça divulgou o primeiro diagnóstico feito no Brasil sobre o problema, com base em levantamentos feitos nesses quatro estados.
Na pesquisa, foram analisados 22 processos judiciais e 14 inquéritos abertos entre 2000 e 2003, em que ficou caracterizado que as vítimas brasileiras são, em geral, mulheres solteiras de idade entre 18 e 21 anos e pouca escolaridade, que são levadas principalmente para países de língua latina.
O Departamento de Estado americano disse que parte dos US$ 50 milhões liberados para combate ao problema já está sendo distribuído – embora não tenha deixado claro a porcentagem desse dinheiro que irá para o Brasil.
“O objetivo é dar às organizações não-governamentais a capacidade de trabalhar com os governos em cada país”, diz a nota do departamento.
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